sábado, 13 de outubro de 2012
sábado, 28 de julho de 2012
sexta-feira, 29 de junho de 2012
Baciada das + ridículas proibições do Kassab
Chega uma hora em que a paciência torra qual pão esquecido na chapa.
Pão na chapa com café “espresso” ou pingado. Tem algo mais paulistano?
“Porran, meu”, esse Kassab, o "Jânio Quadros sem qualidades e sem álcool", passa da conta.
Acaba de proibir a caridade ou ações solidárias nas ruas de São Paulo. As
entidades do gênero estão proibidas de esquentar as noites de inverno
dos miseráveis com uma bela sopa quente.
Quem disse que ele oferece algo em troca? A vontade é de soltar um palavrão do tamanho do Viaduto do Chá, mas deixa quieto, esse blog é visto pela família brasileira.
Então reprisemos, pois, as proibições mais ridículas do
alcaide paulistano. É bom ressaltar que, algumas delas, têm as digitais
da co-autoria tucanos aliados na gestão desta moderníssima
Aldeia de Piratininga:
I) É proibido mendigo deitar em banco de praça. Os bancos passaram a
ter barras de ferros para impedir tal gesto dos feios, sujos e malvados.
II) É proibido, mesmo no verão, se molhar nas fontes e chafarizes públicos. (Se é que ainda existem.)
III) É proibido comer cachorro quente ou quaisquer comida de rua.
IV) É proibido painel eletrônico ou qualquer outros anúncios, como
outdoor etc. (No princípio, lindo, mas tempos depois, pergunto: quem
cuidou das fachadas ainda mais feias e sujas? Os luminosos além de
deixar São Paulo mais iluminada contra os larápios, ainda davam um rápido ar de
Tóquio em decadência. Eu achava lindo!)
V) É proíbo galinha à cabidela (molho pardo), sob pena de multa da
vigilância sanitária, em todos os restaurantes da capital gastronômica
do país.
VI) É proibido beber na calçada dos bares depois da uma da madruga.
Qualquer barulho, multa de R$ 30 mil aos estabelecimentos. (Aí o cara
começou matar a vocação da cidade como uma das melhores noites do mundo.)
VII) É proibido feirante gritar em feira livre. (Praticamente proibiu o clássico“moça bonita não paga, mas também não leva”.)
VIII) É proibido embrulhar peixe ou qualquer outro produto da feira em
jornais. (Matou a única utilidade mais, digamos, real do jornalismo.)
IX) É proibido arte nas ruas. (Cantar ou tocar, comer fogo etc.)
X) É proibido ser camelô (Onde passam possíveis compradores; só pode nos “desertos” da urbanidade.)
XI) É proibido (essa é demais, em tempos de redes sociais) fotografar qualquer coisa ou gente em terminais de ônibus.
XII) É proibido saunas, pequenos puteiros ou casas de sacanagem de luxo que não obedeçam a uma legislação digna do Vaticano.
domingo, 3 de junho de 2012
É rodeio? Torço pelo touro!
Rodeios são ridículos!
Relicário tosco e atávico de especismo, travestido de "tradição" e aplaudido pelos incautos sem noção.
É rodeio? Torço pelo touro!
(E pelo cavalo, bezerro, pelo boi...) quinta-feira, 31 de maio de 2012
terça-feira, 15 de maio de 2012
Super Assistente Social
Hoje, 15 de Maio, comemora-se o dia da (o) assistente social! Esses profissionais, ao qual me incluo com muito orgulho, trabalham para que a população conheça, alcance e amplie seus direitos, sempre visando contribuir para a construção de uma nova ordem social, mais equânime e igualitária!
Essa e outras perguntas e respostas estão disponíveis no site do CEFESS : http://www.cfess.org.br/servicos_perguntas.php
Este vídeo mostra bem o que acham que fazemos e o que realmente fazemos.
Feliz dia da (o) assistente social a tod@s esses trabalhadores que não se conformam com o que está posto e lutam para que o mundo seja melhor para tod@s!!!!!
segunda-feira, 30 de abril de 2012
domingo, 29 de abril de 2012
Hoje no Brasil se faz muita confusão sobre o que é
funk, muitos ritmos surgem e desaparecem. A indústria cultural de acordo com o
interesse do mercado muda nomes e fórmulas de determinadas manifestações
artístico-culturais.
A origem do funk se deu nos Estados Unidos,
assim com o blues, gospel, jazz e soul surgiram nas
comunidades negras. A palavra funk vem do Inglês que quer dizer medo,
embaraço pusilânime. James Brown é considerado um dos pais do funk; alguns
críticos musicais consideram Michael Jackson e outros cantores negros
estadunidenses como expressão deste gênero musical.
Entre nós o funk começa nos anos 1970 em
plena ditadura civil-militar durante o movimento da Black Music. Alguns
consideram Tim Maia, Jorge Benjor, Sandra de Sá, Gerson King Kombo e outros.
Dos precursores do ritmo em terras brasileiras dos anos 1970 ao atual ritmo
considerado funk, muita coisa mudou: da influência do Soul à batida de
nossos dias, cada vez mais o atual chamado funk demonstra não ter nada haver
com a sua origem.
Entre o fim da ditadura civil-militar à volta da
democracia burguesa durante os anos 1980 este ritmo musical não tinha ainda
muita força e espaço nos grandes veículos de comunicação de massas. Vivia-se o
auge do chamado Rock Brasil, consolidava-se o rock brasileiro como expressão da
juventude que resistiu à ditadura civil-militar e denunciava as injustiças e os
anseios da jovem geração, onde rádios como a Fluminense FM 94,9 na
cidade de Niterói, estado do Rio de Janeiro divulgavam, bandas como Legião
Urbana, Paralamas do Sucesso, Pleber Rude, Garotos Podres, RPM, Ira, Ultraje a
Rigor, Barão Vermelho e outras bandas eram expressão deste momento histórico da
sociedade brasileira. Com o avanço do neoliberalismo na passagem dos anos 1980
para 1990 o rock começa a perder alguns espaços na mídia e passa a se
restringir a um determinado público específico e se consolida como um nicho de
mercado.
A partir do neoliberalismo, o período é marcado
pelo pagode mauricinho, pelo breganejo criticado por Lulu Santos por conta do
apoio a Collor nas eleições de 1989. Enquanto isso, o funk carioca se
espalha pelas comunidades pobres de todo o Rio atingindo até as academias de
ginástica da chamada classe média da zona sul do Rio.
As primeiras músicas falavam em amor, amizade e
problemas sociais. Quem não se lembra da música do Silva? Hoje este ritmo assim
como o cenário da música brasileira apoiada pela grande mídia mudou para pior.
Hoje este ritmo do chamado funk carioca, assim como outros gêneros musicais
como a música baiana (Axé), passou a explorar a sexualidade e a
pornografia, onde o sexo é visto não na forma de prazer responsável e
libertário, e sim como objeto a ser consumido de forma irresponsável e vulgar;
onde o sexo é praticado na forma do "salve-se quem puder", refletindo
uma sociedade alienada nas letras, nos bailes, nas roupas das dançarinas e
cantoras do funk, do axé etc. A situação, todos sabem: meninas
grávidas precocemente e abandonadas e os meninos pais sem emprego, formação ou
vítimas da violência urbana onde crianças crescem sem uma estrutura familiar
com todas as possibilidades de reproduzir o eterno ciclo de alienação e miséria
em que vegetam.
Hoje o atual funk carioca nada mais é do que
alienação e fuga da realidade em que vive a maioria dos jovens das camadas mais
pobres da nossa sociedade. Este tipo de música não tem nada de contestador,
fazem apologia às drogas, ao papel submisso da mulher, aos grupos milicianos e
dos grupos dos soldados do comércio varejista de drogas. Sem falso moralismo ou
hipocrisia, este tipo de música não contribui em nada para elevar a consciência
das massas exploradas pelo capital.
Estes ritmos são apoiados e incentivados até por
lideranças políticas ligadas a burguesia para incentivar a vulgaridade das
mulheres que, através da exposição de seus corpos como mercadoria, e sonhando,
como as dançarinas do funk, acender socialmente, talvez casar ou
engravidar de algum artista, jogador de futebol ou conseguir algum contrato
para alguma revista masculina. Na prática, é muito difícil isso ocorrer porque
nem todas poderão ter as mesmas chances - como ocorre na sociedade capitalista
- nem todas vão poder dar o "golpe do baú" e se tornar "marias
chuteiras" ou amantes de empresários, artistas e etc.
A grande maioria vai se tornar amante de policiais
corruptos ou mulher de gerentes do comércio varejista de drogas, e gozar de um
poder ilusório até quando a burguesia não precisar mais; muitas destas mulheres
vão amargar as prisões ou encontrar a morte.
Não existe uma política cultural voltada para os
filhos das classes trabalhadoras. Assistir um bom show de música é muito
caro e alguns ritmos musicais antes considerados populares se elitizaram,
tornando-se inacessíveis às grandes massas. O poder público, por outro lado,
não procura criar condições para tornar acessível e nem democratizar para as
grandes massas bens culturais criados pela humanidade. Qual a saída para esses
jovens? Ir às casas de shows baratas, com seguranças autoritários - em
sua maioria policiais - ser vitima da violência; ir ao baile funk e lá
saudar os MC’s totalmente manipulados pelos soldadinhos do comércio varejista
de drogas (até porque o grande traficante não estará lá, mas mora nos bairros
elegantes da burguesia). Com isto causam a alienação nos nossos jovens,
tornando-os domesticados e adaptados ao status quo.
É preciso fazer uma distinção: popular não é
popularesco ou lixo. Se fosse assim não teria surgido o chorinho, o samba,
o maracatu, o bumba meu boi, o blues, o jazz, o rock, o
sertanejo e etc. São incontáveis os artistas populares como Cartola, Nelson
Cavaquinho, Gonzaguinha, Luiz Gonzaga, Djavan, Jovelina Pérola Negra, Beatles,
Elvis Presley, Black Sabbath, Chuck Berry, Jerry Lewis, The Who, Sex Pistols e
tantos outros. Até um palavrão em uma música deve ter um sentido, como faziam
os Titãs, Legião Urbana, Ultraje a Rigor. Hoje o palavrão nas músicas do funk
carioca não contesta nada, apenas contribui para a alienação.
É necessário resgatar a autêntica cultura popular
ligada às massas trabalhadoras, cultura não só para entreter e sim levar à
reflexão e conscientização da população através das artes. Devemos buscar uma
cultura popular que promova a contra-hegemonia e que coloque as massas em
movimento e aponte a necessidade histórica da revolução socialista como a única
saída capaz de libertar a população e quebrar esse círculo vicioso em que vivem
as massas exploradas pelo capital .
Texto: José Renato André Rodrigues – Professor de
Filosofia; membro do Comitê Central do PCB
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(Imagens e vídeo: por minha conta - Juliano)
quarta-feira, 18 de abril de 2012
A linda Senhora
Uma linda Senhora, já bem idosa, morando embaixo do viaduto do metrô, em frente a estação Santana, sempre que eu passava atrasada e apressada, me dava algo lindo que tinha: seu simpático sorriso, deitadinha entre suas coisas.
Hoje pela manhã, quando estava passando por lá de ônibus, atarantada com minhas preocupações por conta das férias, da possibilidade de adquirir um imóvel ou um automóvel, não vi mais a linda Senhora de cabelinhos brancos como algodão... Em seu lugar estavam homens da prefeitura devidamente uniformizados, colocando em um enorme saco de lixo o pouco de bens materiais que ela possuía.
Não quero saber se aquela linda Senhora matou um de seus familiares com um machado ou se simplesmente foi abandonada por eles. O que eu mais gostaria - mais do que ter uma casa, um carro e um casal de filhos saudáveis, inteligentes e educados - é que essa dor que eu sinto passasse.
Não dá para ser feliz enquanto outras pessoas estão tão vulneráveis, não só financeiramente, mas de carinho e amor. Fico me perguntando: por que nunca sentei ali para conversar com aquela Senhora?
Talvez seja porque eu estava sempre apressada, correndo atrás de coisas que não me trarão uma felicidade duradoura e verdadeira...
Lene
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