quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A pedagogia dos aços - poema de Pedro Tierra


Candelária,
Carandiru,
Corumbiara,
Eldorado dos Carajás...
 
Há cem anos
Canudos,
Contestado,
Caldeirão...
 
A pedagogia dos aços
golpeia no corpo
essa atroz geografia...
 
Há uma nação de homens
                             excluídos da nação.
Há uma nação de homens
                             excluídos da vida.
Há uma nação de homens
                             calados,
                             excluídos de toda palavra.
Há uma nação de homens
                             combatendo depois das cercas.
Há uma nação de homens
                             sem rosto,
                                     soterrado na lama,
                             sem nome,
                                     soterrado pelo silêncio.
 
Eles rondam o arame
das cercas
alumiados pela fogueira
dos acampamentos.
 
Eles rondam o muro das leis
e ataram no peito
uma bomba que pulsa:
o sonho da terra livre.
 
O sonho vale uma vida?
Não sei. Mas aprendi
da escassa vida que gastei:
a morte não sonha.
 
A vida vale um sonho?
A vida vale tão pouco
do lado de fora da cerca...
 
A terra vale um sonho?
A terra vale infinitas
reservas de crueldade,
do lado de dentro da cerca.
 
Hoje, o silêncio pesa
como os olhos de uma criança
depois da fuzilaria.
 
Candelária,
Carandiru,
Corumbiara,
Eldorado dos Carajás não cabem
na frágil vazilha das palavras...
 
Se calarmos,
as pedras gritarão...



Poema escrito para denunciar o massacre dos trabalhadores sem terra em Eldorado dos Carajás, em 1996.

sábado, 24 de dezembro de 2011

O NASCIMENTO DE JESUS, UM CORDEL SOBRE O NATAL

Natal...


      Não vamos esquecer que o verdadeiro sentido do Natal não é alimentar ainda mais o sistema capitalista com compras e mais compras, nem o pobre defunto peru, porco ou galinha servido na ceia. 
O verdadeiro sentido do Natal é o nascimento de Jesus - mesmo que não tenhamos certeza de que é esta a verdadeira data, ou ainda rolou um acerto nos Concílios Católicos ou ainda entre Carlos Magno e o Papa Leão III.
Maria e José nos deram esse lindo presente, Jesus, um dos meus revolucionários preferidos, que veio ensinar como alcançar um mundo mais justo, equânime e feliz a partir do ensinamento "amar ao próximo como a si mesmo".

Shakira - Ojos Así


Gosto da Shakira: pronto, falei!!!!!
Na verdade gosto dela desde a época de Estoy aquí... mas aí ela começou a cantar em inglês, rebolar demais e meu preconceito falou mais alto... Mas, depois de ontem, que assisti ao show Live from Paris percebi como essa mulher é muito talentosa, gentil, simpática e inteligente, fala português, habla español, speak english e até parlant français; além de cantar, dançar, pular e tocar muito!!!!! Adorei!
Gislene

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Nem todos os milicos são ignorantes e/ou direitistas....

É comum identificarmos os militares com a repressão aos movimentos sociais e o exercício ditatorial do poder político. Alguns importantes fatos historicamente mais recentes - como o golpe militar de 1964, a tragédia de Volta Redonda, a repressão à greve dos petroleiros e a recente 'qualificação' do batalhão de Campinas para reprimir os movimentos populares e sociais - são provas da presença ativa, política e repressora, das Forças Armadas nos rumos da política brasileira.
Historiadores liberais situam na proclamação da República o início de um longo ciclo de intervenções militares na política. Preferem, claro, militares à moda inglesa ou estadunidense, massacrando povos e pilhando o planeta em nome da liberdade de comércio, mas sempre obedientes ao 'poder civil'. Sem dúvida, a república nasceu, entre nós, de um golpe militar, o que vai se repetir em 1964, em contraposição à política reformista do então presidente João Goulart.
Como falar, então, de esquerda militar? Como explicar a inspiração moral e política dos jovens oficiais abolicionistas e republicanos que derrubaram o Império em 1889, dos ‘tenentes’ da década de 1920 e dos militares antiimperialistas da década de 1950? Como explicar a posição, ao longo dos anos de 1990, relativa à defesa da soberania nacional contra o rolo compressor do imperialismo estadunidense e de seus sócios, quando militares, embora longe de serem de esquerda, situam-se à esquerda dos governantes neoliberais?
Em busca da resposta a essas questões, o autor encontra indícios da origem de um pensamento progressista entre os militares em vetores morais e políticos ainda no Império. A partir de então, registra as diversas e importantes participações progressistas militares em capítulos importantes da história do país no século 20, recuperando para a nossa memória histórica a existência de setores progressistas - e mesmo do que ele denomina esquerda militar - nas Forças Armadas.

http://expressaopopular.com.br/

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Gatinha precisa de um lar - URGENTE !!!

Gente, encontrei essa gatinha na porta do meu trabalho e não pude fingir que não vi. Infelizmente não posso ficar com ela pois o Zappa é muito ciumento e o Ju está à ponto de me colocar para fora de casa. Por favor, ajudem-me a encontrar um lar para ela.
Ela é muito carinhosa, espoleta e gosta de ficar no colo e trepada no ombro da gente rsrsrsr. 
Qualquer coisa meu cel. é 7679-0884. Valeu!



sexta-feira, 11 de novembro de 2011



Em 2006 a então relatora do tema “Defensores de Direitos Humanos” na Organização das Nações Unidas (ONU), Hina Jilani, realizou uma série de audiências no Brasil para ouvir as denúncias dos Movimentos Sociais sobre casos de violações dos direitos humanos no país. Este vídeo foi produzido para a ocasião de sua passagem por Santa Catarina.
O filme aborda três episódios recentes da história de Santa Catarina, são eles: a manifestação de repúdio ao “Relógio dos 500 anos” instalado pela Rede Globo nas capitais do país em 2000; a luta do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no ano de 2005 e as manifestações de resistência ao aumento das tarifas do transporte público em Florianópolis, episódio que ficou conhecido como “Revolta da Catraca”.
Nestes três casos, a violência da repressão e criminalização dos movimentos sociais marcou o papel da Policia Militar catarinense na violação dos Direitos Humanos e dos Direitos Civis básicos, tais como a livre manifestação e expressão, pilares nos quais se sustenta o “Estado Democrático de Direito”. A partir da denuncia, “Democracia Militar” busca fomentar o debate sobre a qualidade e, no limite, sobre a possibilidade de um regime democrático no qual a ação dos aparelhos repressivos pauta-se pelo total desrespeito aos direitos básicos dos cidadãos.

"Ninguém está acima da lei!"


"Ninguém está acima da lei!"
Mas, quem é "ninguém"?
O que é a lei? Qual é a verdade?




USPUSPPara deslegitimar o ato de estudantes da USP, que se postaram contra a presença da polícia militar no campus universitário, o governador Geraldo Alckmin sentenciou: "Ninguém está acima da lei", sugerindo que o ato dos estudantes seria fruto de uma tentativa de obter uma situação especial perante outros cidadãos pelo fato de serem estudantes. Aliás, na sequência, os debates na mídia se voltaram para este aspecto, sendo os estudantes acusados de estarem pretendendo se alijar do império da lei, que a todos atingem.
Muito precisa ser dito a respeito, no entanto.
Em primeiro lugar, a expressão, "Ninguém está acima da lei", traduz um preceito republicano, pelo qual, historicamente, se fixou a conquista de que o poder pertence ao povo e que, portanto, o governante não detém o poder por si, mas em nome do povo, exercendo-o nos limites por leis, democraticamente, estatuídas. O "Ninguém está acima da lei" é uma conquista do povo em face dos governos autoritários. O "ninguém" da expressão, por conseguinte, é o governante, jamais o povo. Claro que nenhum do povo está acima da lei, mas a expressão não se destina a essa obviedade e sim a consignar algo mais relevante, advindo da luta republicana, isto é, do povo, para evitar a deturpação do poder.
Nesse sentido, não é dado ao governante usar o preceito contra atos de manifestação popular, pois é desses atos que se constroem, democraticamente, os valores que vão se expressar nas leis que limitarão, na sequencia, os atos dos governantes.
Dito de forma mais clara, a utilização do argumento da lei contra os atos populares é um ato anti-republicano, que favorece o disfarce do império da lei, ao desmonte da contestação popular aos valores que estejam abarcados em determinadas leis.
Foi isso, aliás, que se viu recentemente em torno do direito das pessoas se manifestarem, de forma organizada e pacífica, contra a lei que criminaliza o uso da maconha. Todos estão sob o império da lei, mas não pode haver obstáculos institucionalizados para a discussão pública da necessidade ou não de sua alteração.
A lei, portanto, não é ato de poder, não pertence ao governante. A lei deve ser fruto da vontade popular, fixada a partir de experiências democráticas, que tanto se estabelecem pelo meio institucionalizado da representação parlamentar quanto pelo livre pensar e pelas manifestações públicas espontâneas.
E, ademais, qual é a verdade da situação? A grande verdade é que os alunos da USP não estão querendo um tratamento especial diante da lei. Não estão pretendendo uma espécie da vácuo legal, para benefício pessoal. Para ser completamente, claro, não estão querendo fumar maconha no Campus sem serem incomodados pela lei. Querem, isto sim, manifestar, democraticamente, sua contrariedade à presença da PM no Campus universitário, não pelo fato de que a presença da polícia lhes obsta a prática de atos ilícitos, mas porque o ambiente escolar não é, por si, um caso de polícia.
Querem pôr em discussão, ademais, a legitimidade da autorização, dada pela atual Direção da Universidade, em permitir essa presença.
A questão da legitimidade trata de outro preceito relevante do Estado de Direito, pois a norma legal, para ser eficaz, precisa ser fixada por quem, efetivamente, tem o poder institucionalizado, pela própria ordem jurídica, para poder fazê-lo e, ainda, exercer esse poder em nome dos preceitos maiores da razão democrática.
Vejamos, alguém pode estar questionando o direito dos alunos de estarem ocupando o prédio da Administração da FFLCH, sob o argumento de que não estão, pela lei, autorizados a tanto. Imaginemos, no entanto, que a Direção da Unidade, tivesse concedido essa autorização. A questão, então, seria saber se quem deu autorização tinha a legitimidade para tanto e mais se os propósitos da autorização estavam, ou não, em conformidade com os preceitos jurídicos voltados à Administração Pública.
Pois bem, o que os alunos querem é discutir se a autorização para a Polícia Militar ocupar os espaços da Universidade foi legítima e quais os propósitos dessa autorização. Diz-se que a presença da Polícia Militar se deu para impedir furtos e, até, assassinatos, o que, infelizmente, foi refletido em fatos recentes no local. Mas, para bem além disso, a presença da Polícia Militar tem servido para inibir os atos democráticos de manifestação, que, ademais, são comuns em ambientes acadêmicos, envoltos em debates políticos e reivindicações estudantis e trabalhistas. Uma Universidade é, antes, um local experimental de manifestações livres de ideias, instrumentalizadas por atos políticos, para que as leis, que servirão à limitação dos atos dos nossos governantes, possam ser analisadas criticamente e aprimoradas por intermédio de práticas verdadeiramente democráticas.
A presença ostensiva da Polícia Militar causa constrangimentos a essas práticas, como, aliás, se verificou, recentemente, com a condução de vários servidores da Universidade à Delegacia de Polícia, em razão da realização de um ato de paralisação de natureza reivindicatória, o que lhes gerou, dentro da lógica de terror instaurada, a abertura de um Inquérito Administrativo que tem por propósito impingir-lhes a pena da perda do emprego por justa causa.
Dir-se-á que no evento que deu origem à manifestação dos alunos houve, de fato, a constatação da prática de um ilícito e que isso justificaria o ato policial. Mas, quantas não foram as abordagens que não geraram a mesma constatação? De todo modo, a questão é que os fins não justificam os meios ainda mais quando os fins vão muito além do que, simplesmente, evitar a prática de furtos, roubos, assassinatos e consumo de drogas no âmbito da Universidade, como se tem verificado em concreto.
Há um enorme "déficit" democrático na Universidade de São Paulo que de um tempo pra cá a comunidade acadêmica, integrada por professores, alunos e servidores, tem pretendido pôr em debate e foi, exatamente, esse avanço dessa experiência reivindicatória que motivou, em ato de represália, patrocinado pelo atual reitor, o advento da polícia militar no campus, sob a falácia da proteção da ordem jurídica.
A ocupação da Administração da FFLCH pelos alunos, ocorrida desde a última quinta-feira, não é um ato isolado, advindo de um fato determinado, fruto da busca frívola de se "fumar maconha" impunemente no campus. Fosse somente isso, o fato não merecia tanta repercussão. Trata-se, isso sim, do fruto da acumulação de experiências democráticas que se vêm intensificando no âmbito da Universidade desde 2005, embora convivendo, é verdade, com o trágico efeito do aumento das estratégias repressoras. Neste instante, o que deve impulsionar a todos, portanto, é a defesa da preservação dos mecanismos de diálogo e das práticas democráticas. Os alunos, ademais, ainda que o ato tenha tido um estopim, estão sendo objetivos em suas reivindicações: contra a precarização dos direitos dos trabalhadores; contra a privatização do ensino público; contra as estruturas de poder arcaicas e autoritárias da Universidade, regrada, ainda, por preceitos fixados na época da ditadura militar; pela realização de uma estatuinte; e contra a presença da Polícia Militar no Campus, que representa uma forma de opressão ao debate.
O ato dos alunos, portanto, é legítimo porque seus objetivos estão em perfeita harmonia com os objetivos traçados pela Constituição da República Federativa do Brasil, que institucionalizou um Estado Democrático de Direito Social e o fato de estarem ocupando um espaço público para tanto serve como demonstração da própria origem do conflito: a falta de espaços institucionalizados para o debate que querem travar.
A ocupação não é ato de delinquência, trata-se, meramente, da forma encontrada pelos alunos para expressar publicamente o conflito que existe entre os que querem democratizar a Universidade e os que se opõem a isso em nome de interesses que não precisam revelar quando se ancoram na cômoda defesa da "lei".

Jorge Luiz Souto Maior é professor livre-docente da Faculdade de Direito da USP

USP: botas da PM mutilam a democracia


“Aqui estes beleguins de tropa militar não entram, porque entrar na Universidade só através de vestibular” - estas palavras de Pedro Calmon, que era reitor quando a Universidade de Brasília foi ocupada pela Polícia Militar em agosto de 1968, não estavam relegadas ao recanto da triste memória da ditadura militar onde deveriam estar. Em São Paulo do governador tucano Geraldo Alckmin e do reitor João Grandino Rodas, da USP, elas estão vivas em São Paulo. Aqueles mandatários são os responsáveis pela atual reencenação daquele drama antidemocrático que chegou ao absurdo de conduzir, num ônibus improvisado, 73 estudantes presos depois da reintegração de posse da madrugada do dia 8.
A ocupação da reitoria e a movimentação estudantil – que vem, na etapa atual, desde o dia 28 de outubro – provocou debates acesos e a imprensa do capital, em seu vergonhoso papel de enxovalhar para desclassificar e criminalizar o movimento social, enfatizou os aspectos secundários do movimento descrevendo seus protagonistas como um bando de moças e rapazes privilegiados e irresponsáveis.
Não são, e os objetivos dos estudantes são claros e voltados para a melhoria das condições de educação na universidade e para a restauração da autonomia universitária violada pela presença da PM no campus.
A democratização da universidade está sob grave ameaça. A autonomia universitária, um princípio democrático que resultou de lutas intensas do movimento estudantil e de toda a sociedade não pode sobreviver sob as botas de soldados que ocupam aquele espaço que, por princípio, deveria ser livre.
A reitoria da USP e o governo tucano do estado de São Paulo cometeram um grave erro ao assinar em setembro passado o convênio com a Polícia Militar que militarizou a segurança da universidade sob o pretexto sempre invocado, e amedrontador para a classe média, de combater o consumo de drogas.
A segurança universitária é responsabilidade da reitoria e não pode ser militarizada, não se admitindo sequer a presença da polícia civil no espaço acadêmico. É simbólico, deste ponto de vista, que a própria Academia de Polícia, um instituto da universidade, fique próximo ao portão, como a admitir a presença estranha da polícia naquele local.
Faz muitos anos que a USP enfrenta uma situação grave. Aos problemas propriamente pedagógicos se acrescentam outros, com destaque para a insegurança no campus. Há relatos de violências de todo tipo, incluindo estupros e até mesmo assassinatos.
O efeito da maneira tucana de enfrentar estes problemas é, invariavelmente, seu agravamento. Os estudantes reclamam da segurança terceirizada (que substituiu o aparato próprio da universidade, mais adequado para enfrentar problemas internos), da falta de iluminação no campus e da falta de regularidade e qualidade no transporte coletivo fornecido pela universidade. Além disso, medidas tomadas por reitores de viés tucano amesquinharam as relações da universidade com a comunidade que vive a seu redor, e com a cidade em geral, encerrando-a numa tosca e ultrapassada torre de marfim.
A nostalgia da ditadura militar traduzida pela presença da Polícia Militar no espaço universitário tem outro resultado perverso que é a criminalização do movimento social. O Brasil não está mais nos tempos de Ibiúna para trancar estudantes num ônibus da polícia. A solução para as demandas do movimento social, numa situação democrática, exige negociação, muita negociação, e a adoção de medidas capazes de atendê-las. As botas da PM não servem para isso; elas maculam a democracia, além de revelar o saudosismo ditatorial do tucanato.
Tem razão, neste sentido, o presidente da União Nacional dos Estudantes, Daniel Iliescu, quando exige o fim da presença da Polícia Militar na USP e a reconstrução da segurança universitária própria. E quando condena com vigor o convênio da USP com a PM: “Este convênio é antidemocrático” pois fere a autonomia universitária e compromete a liberdade da comunidade acadêmica, disse.



http://altamiroborges.blogspot.com/2011/11/usp-botas-da-pm-mutilam-democracia.html?spref=tw

Torturador da ditadura sofre revés no STF

Torturador da ditadura sofre revés no STF
Coronel Brilhante Ustra tenta no STF suspender o processo do qual é réu pela tortura e assassinato do jornalista Luiz Eduardo Merlino, em 1971
 10/11/2011 
Aline Scarso,
da Redação

General Ustra no Clube Militar - Foto: Aline Massuca/FolhaImagem


Em tempos em que se aprova a instalação de uma Comissão da Verdade, que pretende passar a limpo os anos de 1964 a 1985, uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) mostrou a confiança que muitos militares reformados têm na Justiça como caminho seguro para não pagarem pela violência que cometeram. Nem sempre conseguem, entretanto.
Em 3 de outubro, o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, conhecido torturador de militantes de esquerda e chefe do Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo entre setembro de 1970 e janeiro de 1974, recebeu do ministro do STF, Ayres Brito, um preciso “não” a sua tentativa de utilizar a Lei da Anistia, de 1979, para suspender uma ação indenizatória por danos morais movida contra ele pelos familiares do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto em 1971 em decorrência de torturas sofridas enquanto esteve preso no local.
Em 27 de julho deste ano, foram ouvidas em São Paulo as testemunhas de acusação, que confirmaram que Merlino morreu sob tortura e que Ustra participou das sessões de maus-tratos.
Para se livrar do processo, a defesa do coronel reformado usou como base jurídica a decisão do STF, revelada em 29 de abril de 2010, sobre a Lei de Anistia. A partir da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 153, ajuizada na corte pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), cobrava-se do Supremo uma interpretação mais precisa sobre o preceito de “anistia ampla, geral e irrestrita”, que resultou no perdão dos que cometeram crimes políticos e conexos no Brasil entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979.
O objetivo da entidade era evitar que o indulto também fosse concedido aos agentes do Estado que cometeram crimes comuns contra opositores, como homicídios, desaparecimentos forçado, abuso de autoridade, lesões corporais, estupro e atentado violento ao pudor. No entendimento da OAB, crimes políticos seriam apenas os que atentavam contra a segurança nacional e à ordem política e social, o que não era o caso, por exemplo, de torturas de indivíduos que já estavam presos e sob o poder do Exército. Esses seriam, segundo eles, crimes comuns. O entendimento dos ministros do STF, no entanto, foi o oposto.
Por sete votos a dois, eles decidiram que a Lei de Anistia valia para todos os casos, passando assim uma borracha definitiva nas punições de crimes cometidos por militares e policiais na época da ditadura. Foi com base nesse argumento que Ustra acreditou que não haveria mais razão para ser responsabilizado pela morte de Merlino.

Falso argumento
O ministro do STF Ayres Britto - Foto: Antonio Cruz/ABr
Paulo Esteves e Salo Kibrit, advogados do coronel, alegaram ao Supremo que a juíza Amanda Eiko Sato, da 20ª Vara Cível do Fórum Central de São Paulo, e o desembargador Luiz Antonio Silva Costa, do Tribunal de Justiça de São Paulo, teriam violado a decisão da corte em relação à interpretação da ADPF 153 quando negaram a suspensão da ação, requisitada pela defesa.
Esteves e Kibrit defenderam até mesmo a inexistência do crime. “Se não há crime, não há como condená-lo ao pagamento de indenização, muito menos declarar que praticou algum crime naquele período”, afirmaram no pedido.
Para o ministro Ayres Brito, entretanto, que avaliou o pedido de Ustra de forma monocrática, ou seja, livre da necessidade de consultar os demais colegas do Supremo, o entendimento foi outro. “O fundamento utilizado pelo ministro foi o mesmo que sustentamos em nossa petição. É justamente o fato de que a Lei da Anistia se voltou exclusivamente para as questões criminais, ou seja, os crimes cometidos durante a ditadura, seja de um lado, seja de outro. Não trata de responsabilidade civil”, explica o advogado dos Merlino, Claudineu de Melo.
“A Lei de Anistia, contudo, não trata da responsabilidade civil pelos atos praticados no chamado ‘período de exceção’. E é certo que a anistia (...) não implica a imediata exclusão do ilícito civil e sua consequente repercussão indenizatória”, destacou Brito em sua relatoria. A decisão foi comemorada pela família. “Nós achamos excelente o posicionamento do ministro. Nós já sabíamos do seu posicionamento no julgamento do ano passado da ADPF 153 no STF, quando ele foi um dos dois ministros que votaram pela não extensão da anistia aos torturadores”, lembra Ângela Maria Mendes de Almeida, ex-companheira de Merlino e uma das autoras da ação – o outro voto foi de Ricardo Lewandowski.
“Enquanto Ustra era chefe do DOI-Codi em São Paulo, Merlino foi torturado sob a sua vista e ele pessoalmente participou de algumas sessões de tortura. Em decorrência dessas torturas, o Merlino veio a falecer. Então estamos pedindo uma indenização por dano moral pois justamente o Estado, que teria o dever de protegê-lo, violentou até a morte o preso político”, complementa Melo.
Na opinião do vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, Marcelo Zelic, “esse caso é uma oportunidade de o STF harmonizar a jurisprudência externa com a jurisprudência interna”, referindo- se ao acordo firmado pelo Brasil com a Corte Interamericana de Direitos Humanos, que exige a investigação séria e a punição aos crimes cometidos pelo Estado no período, em respeito à jurisdição internacional sobre o tema.
“No momento em que um torturador diz que o Supremo tem que lhe dar respaldo, isso só pode acontecer se o STF romper com o pacto de San José da Costa Rica, da Convenção Americana de Direitos Humanos. E a única resposta possível ao cumprimento de uma sentença é o ‘cumpra-se’.
Não existe um jeitinho brasileiro de dizer que cumpriu sem cumprir”, pontua.
Brasil esconde a verdade
No documentário Cidadão Boilesen, de 2009, o diretor Chaim Litewski mostra que o coronel Carlos Alberto Ustra era próximo de Henning Albert Boilesen, empresário dinamarquês radicado no Brasil, presidente do grupo Ultragaz e mentor do esquema de financiamento do empresariado brasileiro à Operação Bandeirante (Oban), que reprimia, com extrema violência, os opositores do regime.
Criada em 1969 com a proposta de integrar ações de inteligência, combate e repressão à esquerda organizada ou não, a Oban, segundo historiadores, foi também o viveiro para a criação do modus-operandi do DOI-Codi, de cuja seção paulista Ustra assumiu o comando durante o governo de Emílio Garrastazu Médici.
Contra o coronel reformado, pesam mais de 502 denúncias de tortura, incluindo a de Merlino. Ângela Mendes, que assim como o então companheiro era militante do Partido Operário Comunista (POC), lembra bem o clima de terror instalado no Brasil durante um período em que os direitos civis estiveram completamente suspensos.
Os dois estavam na França com a tarefa de fazer uma série de contatos políticos quando decidiram voltar ao Brasil. Ângela conta que a “queda” de Merlino aconteceu em 15 de julho de 1971, pouco tempo depois de chegar ao país com seu passaporte legal para preparar as condições para que ela voltasse com segurança – ele morreu após quatro dias. A militante só poderia entrar em território brasileiro com outra identidade, pois “já estava condenada”, como ela própria diz. “Só não aconteceu nada comigo porque eu não estava no Brasil. Merlino voltou antes para preparar a minha volta, pois eu já estava clandestina e condenada”, recorda.
Testemunhas
“O que ficou claro com os depoimentos de testemunhas sobre a morte de Merlino é que mesmo que Ustra não o tivesse torturado com suas próprias mãos, ele estava presente quase sempre e indicava se a tortura deveria ser mais forte ou mais fraca, se deveria continuar ou não”, afi rma Ângela.
A Comissão da Verdade, projeto do governo que deveria esclarecer crimes como esse e restabelecer a verdade histórica para o país, corre o risco de falsear a realidade, como defende parte dos militantes de esquerda daquele período. Ângela também vê limitações. “Eu faço parte das pessoas que não estão de acordo com esse projeto. Participo do Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça e acho que, se for aprovado da maneira que está, é quase um fator negativo”, afirma.
Aprovada pela Câmara dos Deputados em 21 de setembro e pelo Senado na noite do dia 26, a Comissão da Verdade se propõe a averiguar os crimes contra os direitos humanos cometidos entre os anos de 1946 e 1988, diluindo a possibilidade de se investigar apenas o período da ditadura civil-militar.
Sem poder de punição, a Comissão ainda pode se deparar com a falta de autonomia financeira, administrativa e política. Nessas condições, deve investigar a autoria de crimes como tortura, homicídios, desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres.
“A Comissão é um avanço. Agora, o que é lamentável é que tudo foi feito de modo a dificultar a apuração da verdade. Para averiguar todo esse período [1946-1988], a lei fixa um prazo de dois anos. Outra inconveniência é o problema do sigilo. Os militares que forem eventualmente ouvidos poderão alegar a questão do sigilo. Há tanto a impossibilidade de apurar quanto tornar público fatos que ocorreram”, argumenta Claudineu de Melo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Guerra civil não declarada

‘Guerra civil não declarada’ segue firme, como herança da ditadura militar

*Por Waldemar Rossi
Neste país democrático chamado Brasil, pagamos um preço muito caro pelo que herdamos do militares assassinos, que roubaram do povo o seu poder político. Não foram unicamente os crimes por prisões arbitrárias, torturas, assassinatos e desaparecimentos praticados à época (entre 1964 e 1985 – oficialmente). Na década de 60, a violência instituída gerou um delegado facínora chamado Sérgio Paranhos Fleury. Sentindo-se prestigiado pelo autoritarismo e pela certeza da impunidade, criou o famigerado Esquadrão da Morte. Vangloriava-se dizendo que transformava bandidos em “presuntos”, jogados em lugares ermos com o símbolo da caveira.
Na época, São Paulo contava com alguns juristas competentes, amantes da justiça e inimigos da corrupção. Entre eles destacou-se o Procurador Dr. Hélio Bicudo que, a partir da denúncia do Pe. Agostinho, formulou processo contra o delegado assassino, que se colocava acima do bem e do mal, acima da lei, exercendo, ao mesmo tempo, o poder de policial, de inquiridor, de juiz e de carrasco. Por conta da denúncia, por uns tempos, Fleury ficou “encostado” em delegacias periféricas (Vila Rica, por exemplo), sendo logo depois lotado no DOPS paulista e premiado como responsável pelas prisões e torturas de políticos enquadrados na Lei de Segurança Nacional. Por suas mãos criminosas passaram centenas de brasileiros e brasileiras, torturados impiedosa e cruelmente – em alguns casos até a morte. Para refrescar a memória dos mais antigos e esclarecer as gerações mais jovens, cito apenas alguns dos que se foram desta vida, depois da passagem pelo DOPS: Olavo Hansen, Luiz Hirata, Bacuri. Ao mesmo tempo em que outros companheiros, também pude “experimentar” os “carinhos” generosamente aplicados por comparsas do delegado facínora.
Tempos depois, Fleury passou a atrapalhar os projetos de “abertura lenta, gradual e segura” da ditadura e, segundo jornais da época, o grande atleta morreu ao cair de um iate. Afirmam muitos que foi “queima de arquivos”, porque Fleury seria um perigo para os mandantes dos assassinatos, os militares no poder. Nem autópsia deixaram fazer.
Fleury se foi, mas os “Esquadrões da Morte” não. Já haviam proliferado por este Brasil afora, ganhando espaços e incentivos até de grandes empresas multinacionais no estado do Rio de Janeiro. Vários pontos de “desovas” foram criados na baixada fluminense, onde bandidos eram despejados na calada da noite… e do dia também.
A ditadura oficial chegou ao fim deixando várias heranças malditas: a corrupção, a impunidade, a cadeia para os pobres, o rebaixamento do padrão de vida do povo, a entrega da economia nacional para o capital estrangeiro, a Dívida Externa e a Interna e, sobretudo, sua pior herança, a VIOLÊNCIA contra o povo. E o Rio se tornou o centro da ação criminosa impune, praticada por policiais militares e civis, além de políticos envolvidos em corrupção.
Em 2008, o deputado estadual do Rio, Marcelo Freixo, do PSOL, presidiu CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que provocou o indiciamento de 225 pessoas. E esse indiciamento inspirou a filmagem do Tropa de Elite-2.
Desde o desfecho daquela CPI que o deputado Marcelo Freixo vem sofrendo ameaças de morte, conforme matéria do jornal O Globo, assim como sua família. E as ameaças, segundo suas declarações, vêm aumentando, sobretudo depois do assassinato da juíza Patrícia Accioli, em agosto último, na porta da própria casa. O governo do estado do Rio colocou proteção policial para o deputado e sua família, porém…, a juíza também os tinha.
A Anistia Internacional ofereceu apoio ao deputado e sua família, que deverão deixar o país (viagem programada para o dia 1º de novembro) para lugar ignorado e por tempo indeterminado. Antes de partir, Marcelo declarou:
“Esse é um problema de todo o Rio de Janeiro. Aliás, é um problema nacional. Até que ponto nossas autoridades vão continuar empurrando com a barriga? Ou a gente enfrenta agora e faz o dever de casa contra as milícias, ou, como mataram a juíza, vão matar o deputado, promotores, jornalistas. E, se esses criminosos são capazes de matar uma juíza e ameaçar um deputado, o que eles não fazem com a população que vive nas áreas em que eles dominam?” (…) Esses grupos criminosos estão cada vez mais fortes e dominam várias comunidades do Estado, onde extorquem dinheiro de moradores, comerciantes e controlam atividades como transporte alternativo, venda de gás e de ligações clandestinas de TV a cabo”.
A pergunta do deputado certamente vai ficar sem resposta das maiores autoridades brasileiras, que não estão nem aí com a vida do povo. Nossos governantes estão preocupadíssimos com a construção e reforma dos campos de futebol, que dão ibope e alguma compensação financeira, sobretudo às vésperas de eleições.
A maldita herança deixada pelo Delegado Fleury, e pelos militares que ocuparam o governo pela força da armas, penetrou a fundo na vida do povo, gerando uma verdadeira “guerra civil” não declarada, que elimina milhares de vidas a cada ano neste “país democrático”.

*Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

**Fonte: Correio da Cidadania

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O Moedor de Porco


Hipocrisia!!!!
Eu não tenho probrema em colher frutas, arrancar um pé de alface, couve ou qualquer outra coisa da terra, agora garanto que muita gente seria vegetariana se tivesse que matar um porco, uma vaca, uma galinha...
E se vissem o modo como eles são criados e mortos? Aí seriam menos ainda os que teriam "coragem" de comê-los (aponto coragem entre aspas, porque é uma verdadeira covardia!).
Respeitem os animais.
O modo como eles são mercantilizados é repugnante!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Gibi da banda larga

Gibi da banda larga


Democratização na comunicação de massa!!!
Questão Agrária no Brasil: O governo paulista legitima o processo histórico de grilagem no Pontal

Em entrevista à Página do MST, Carlos Alberto Feliciano, professor de geografia da Universidade Estadual (UNESP), fala sobre a iniciativa do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, de aprovar medidas que vão viabilizar a legalização da grilagem na região do Pontal de Paranapanema.

Segundo ele, a luta por Reforma Agrária é uma briga histórica no país, jamais enfrentada, de fato, pelo Estado Brasileiro. Se não fossem as ações dos camponeses na região, “o Estado não agiria implantando projetos de assentamentos rurais, e os latifundiários também não se organizariam para contê-los...”

SACI

Quem é o saci 
O Saci-Pererê é um dos personagens mais conhecidos do folclore brasileiro. Possuí até um dia em sua homenagem: 31 de outubro. Provavelmente, surgiu entre povos indígenas da região Sul do Brasil, ainda durante o período colonial (possivelmente no final do século XVIII). Nesta época, era representado por um menino indígena de cor morena e com um rabo, que vivia aprontando travessuras na floresta.
Porém, ao migrar para o norte do país, o mito e o personagem sofreram modificações ao receberem influências da cultura africana. O Saci transformou-se num  jovem negro com apenas uma perna, pois, de acordo com o mito, havia perdido a outra numa luta de capoeira. Passou a ser representado usando um gorro vermelho e um cachimbo, típico da cultura africana. Até os dias atuais ele é representado desta forma. 
O comportamento é a marca registrada deste personagem folclórico. Muito divertido e brincalhão, o saci passa todo tempo aprontando travessuras na matas e nas casas. Assusta viajantes, esconde objetos domésticos, emite ruídos, assusta cavalos e bois no pasto etc. Apesar das brincadeiras, não pratica atitudes com o objetivo de prejudicar alguém ou fazer o mal. 
Diz o mito que ele se desloca dentro de redemoinhos de vento, e para captura-lo é necessário jogar uma peneira sobre ele. Após o feito, deve-se tirar o gorro e prender o saci dentro de uma garrafa. Somente desta forma ele irá obedecer seu “proprietário”. 
Mas, de acordo com o mito, o saci não é voltado apenas para brincadeiras. Ele é um importante conhecedor das ervas da floresta, da fabricação de chás e medicamentos feitos com plantas. Ele controla e guarda os segredos e todos estes conhecimentos. Aqueles que penetram nas florestas em busca destas ervas, devem, de acordo com a mitologia, pedir sua autorização. Caso contrário, se transformará em mais uma vítima de suas travessuras. 
A crença neste personagem ainda é muito forte na região interior do Brasil. Em volta das fogueiras, os mais velhos contam suas experiências com o saci aos mais novos. Através da cultura oral, o mito vai se perpetuando. Porém, o personagem chegou aos grandes centros urbanos através da literatura, da televisão e das histórias em quadrinhos.  
Quem primeiro retratou o personagem, de forma brilhante na literatura infantil, foi o escritor Monteiro Lobato. Nas histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo, o saci aparece constantemente. Ele vive aprontando com os personagens do sítio. A lenda se espalhou por todo o Brasil quando as histórias de Monteiro Lobato ganharam as telas da televisão, transformando-se em seriado, transmitido no começo da década de 1950. O saci também aparece em várias momentos das histórias em quadrinhos do personagem Chico Bento, de Maurício de Souza.

Dia do Saci
Com o objetivo de diminuir a importância da comemoração do Halloween no Brasil, foi criado em caráter nacional, em 2005, o Dia do Saci ( 31 de outubro). Uma forma de valorizar mais o folclore nacional, diminuíndo a influência do cultura norte-americana em nosso país. 

Curiosidade:
- O Saci-Pererê é o mascote do time de futebol Sport Club Internacional de Porto Alegre.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

É dia do Saci Pererê Capoeira!!!!!


    Temos uma mania de valorizar o que é de fora e desvalorizar a nossa cultura, que feio isso!
    Pois é, sabiam que hoje é dia do Saci? Não né, achou que fosse Halloween, dia das bruxas ou algo do tipo, triste...
    Sabiam que o Saci perdeu uma perna jogando capoeira? É, também não...
    Ah, então vamos ler um pouquinho do tio Monteiro Lobato e deixar um pouco a norteamericanização para depois...




sábado, 29 de outubro de 2011

Se deus pudesse nos ver agora...


Se deus pudesse nos ver agora
- Vocês estão realmente matando pessoas em meu nome?
- Essa é literalmente a PRIMEIRA coisa que eu disse pra vocês não fazerem! A PRIMEIRA COISA!
- E porque vocês ainda estão odiando os gays?
- Eu não os faria desse jeito se eu achasse que era errado!
- Apenas sejam bons uns com os outros, pessoal; não é tão difícil assim!
- Oh, porque está na Bíblia?
- Vocês sabem o quão velho é aquele livro?
- Vocês não acham que algumas coisas podem ter mudado desde a época em que ele foi escrito?
- ESQUEÇAM!
- Vocês não têm esperança!
- Vou criar um planeta cheio de gatinhos para impedir a mim mesmo de inundar tudo.

AI-5: prefácio e pósfácio sintetizado


Discurso dramatizado: Márcio Moreira Alves


O discurso do Deputado Márcio Moreira Alves e o Ato Institucional Nº5

O golpe militar em 31 de março de 1964 acirrou ainda mais o conflito ideológico entre os militares, pois não havia uma homogeneidade de ideias entre eles.
O golpe patrocinado pela burguesia colocou frente a frente pelo menos duas posturas ideólogicas que tinham força o bastante para assumir o controle do aparelho de Estado. De um lado estava um grupo de intelectuais ligado ao presidente Castelo Branco que pretendia um rápido retorno ao regime democrático. Do outro lado estava o grupo denominado linha dura, que defendiam uma caça à "subversão", usando o aparelho de Estado para reprimir toda oposição ao regime, com perseguição por motivos políticos, prisões, tortura, morte, ocultamento de cadáveres.
O discurso de Márcio Moreira Alves contra os militares foi um belo pretexto para a ascensão da linha dura ao poder através do Ato Institucional nº 5 (AI 5) em 13 de dezembro de 1968.

Não pague o dízimo!


Comentários:
1) "vai a merda seu atel safado , a biblia é um livro sagrado e você é idiota,vesgo,feio,e se acha pra caramba quem é você para jugar ... vai se converter"
2) "O que é 'atel'"?
3) "Obrigado por provar que acreditar em deus não faz a pessoa ser educada."
4) "O pior (ou melhor, não sei) de tudo, é ver esse povo vir falar de Deus falando palavrão e tentando usar uma característica física de uma pessoa pra tentar humilhá-la. Se eu não conhecesse cristãos q são boas pessoas, acharia q todo 'cristão' é um lixo de gente."

Meu comentário: "autoexplicativo".

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Livros novos na Editora Expressão Popular











Pela ordem:
- Educação, Estado e contradições sociais
- A esquerda e o golpe de 64
- Ideias estéticas de Marx
- Capital: essência e aparência - vol. 01
- Vozes da ficção: narrativas do mundo do trabalho
- Porecatu: a guerrilha que os comunistas esqueceram
- Partido e Revolução (1848-1989)
- Por uma geografia das territorialidades e das temporalidades
- K.
- Escola e movimento social: experiências em curso no campo brasileiro

Para adquiri-los: Rua Abolição, 201 - Bela Vista - São Paulo
www.expressaopopular.com.br / livraria@expressaopopular.com.br