terça-feira, 4 de outubro de 2011

(dito) Guns N´ Roses: vocês não têm o direito de foder nossa memória!!!

De tudo que houve no Rock in Rio, acho que o mais triste de todos - mesmo que não tenhamos assistido -  foi a apresentação do (dito) Guns n' Roses...
Que decepção! É humilhante como um projeto, uma história e uma memória podem se perder e mofar graças à ambição barata de alguns poucos idiotas (no sentido grego da palavra).
Os não-roqueiros que tocaram, vá lá, ainda era esperado que não o fosse. Eram testa de ferro de um caça níquel cuja família tem a infeliz coincidência de nome de uma cidade histórica árabe sagrada.
Mas o (dito) GNR está uma falácia de mau gosto, que brinca com a história, com a memória e com uma construção coletiva que contrato nenhum legitima, negociata nenhuma conseguirá naturalizar e midiatização popularesca e de massa nenhuma conseguirá nos fazer engolir!
Não se trata de ser intransigente: não falamos do Aerosmith, do Ozzy, do Sebastian Bach, do Motley Crue, Metallica e etc. Os caras envelhecem, isso é fato. Houve uma construção intencional e uma sustentação de sua juventude, de uma imagem jovem, viril, poderosa e - por que não? - eterna.
Apesar disso, faz parte de nosso entendimento medíocre (e determinado pela lógica superestrutural do capitalismo) compreendeer a voz que muda, o cabelo que fica ralo, a barriga que cresce, as rugas que aparecem etc.
Mas o caso do GNR é mais evidente: tá ruim pra caralho!
Nada bate. Desperdício de bons músicos em uma memória falida.
E como essa memória é coletiva, é nossa!
Não quiseram pôr-se, à época, à disposição do PÚBLICO?
Então, a construção e memória é nossa!
Não as destruam, seus moleques!   

Nenhum comentário:

Postar um comentário